O ministro do STF, Alexandre de Moraes, cedeu a pressão e liberou perfis bloqueados nas redes sociais, poucos dias antes da visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil. A medida, que afetou figuras como o influenciador Monark, foi tomada após meses de censura prévia a conteúdos e perfis considerados críticos ao governo e ao Supremo Tribunal Federal.
Além de Monark, outros perfis como o dos jornalistas Guilherme Fiuza e Bernardo Küster, e o empresário Luciano Hang, também tiveram suas contas restauradas. O retorno dessas contas ocorre em meio à visita da CIDH, que veio ao Brasil para avaliar como a liberdade de expressão é tratada no país.
Entretanto, a medida de Moraes não é um gesto de concessão plena, mas uma tentativa de amenizar a pressão internacional sobre a censura no Brasil. “Os donos dos perfis seguem processados e investigados em inquéritos ilegais e sigilosos”, alertou o jurista André Marsiglia, ressaltando que a censura ainda existe, embora de forma mais sutil.
A autocensura, gerada pelo medo de novas ações, se tornou um dos maiores efeitos desse cenário.

Com informações da revista Oeste.